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Asas de esperança

A ajuda vai pelo céu quando não pode ir pela água. De longe é possível escutar o barulho dos equipamentos que permitem o voo das aeronaves que cortam o céu do 4º BAvEx (Batalhão de Aviação do Exército), em Manaus (AM). A unidade presta o apoio necessário para ações do Exército e de outros órgãos nos Estados da região Norte do Brasil.

Os helicópteros são utilizados em operações dos mais diversos fins, como apoio a ações humanitárias ou repreensivas da Polícia Federal. Os 31 pilotos da unidade se dividem no comando de 12 veículos aéreos. Um deles é o capitão Spíndola. Com orgulho nos olhos, ele revela que a Amazônia foi a primeira escolha dele ao decidir onde iria trabalhar após a formação, em 2011.

 

Uma das operações que deixaram o capitão aflito foi a de resgate de um militar que adoeceu na selva e já não tinha mais forças para sair de lá sozinho. “A gente tirou ele de lá com óculos de visão noturna. Ele estava bastante debilitado”, lembra. Salvar a vida de alguém foi um dos mais emocionantes episódios que Spíndola viveu.  “Acho que isso é o mais gratificante: a gente poder contribuir de alguma forma com o apoio a uma pessoa que está isolada”.

O imenso galpão onde ficam as aeronaves parece pequeno com as máquinas tão potentes dentro dele. Os helicópteros são ágeis e decolam para operações e treinamentos dos militares. Um deles é o Black Hawk, que consegue levar até 20 pessoas. “A gente pode usar em emprego militar e humanitário, que é o que a gente mais faz, no fim das contas”, avalia Spíndola. O Black também é utilizado é nas eleições para levar as urnas aos lugares mais distantes, porque “muitos pontos só são alcançáveis ou pelas asas do Exército, da Força Aérea ou da Marinha do Brasil”, afirma o capitão.

A aeronave Black Hawk é perfeita para o ambiente amazônico: tem um tanque que carrega uma tonelada de combustível, que possibilita duas horas de voo; com os outros dois reservas externos, o tempo da aeronave no ar é elevado para 7 horas. “Aqui às vezes a gente voa mais de 2h30 sem ver uma cidade. É só selva”, conta Spíndola. Em todo o Brasil, como exemplifica o capitão do 4º BAvEx, há cerca de 20 Black Hawk. Cada uma custa em torno R$ 24 milhões. 

A gigante amazônia brasileira impressiona porque é o retrato da beleza pura que só a natureza tem. Para quem não conhecia, essa paisagem de um verde tão vivo desperta o amor pela terra, pelo país e pelos seres que vivem nele. A alegria é genuína ao saber que alguém cuida dela e a protege. É um dever de todos os brasileiros, mas, independentemente de hora ou lugar, os militares já se estabeleceram lá para cumprir esse papel.

O capitão Spíndola é um dos 31 pilotos do 4º BAvEx (Batalhão de Aviação do Exército)

Em uma situação de emergência, o major Saraiva, do 4º BAvEx (Batalhão de Aviação do Exército), teve que ir até a fronteira para salvar uma índia em trabalho de parto. Confira o relato no vídeo abaixo.

Atrás do local de decolagem dos helicópteros do 4º BAvEx (Batalhão de Aviação do Exército), em Manaus (AM), é possível ver o Rio Negro

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